No abraço quente do desconhecido, no seu beijo torto, desengonçado e cortante estou. Puxões, resmungos, malabares...Tudo se esforçando, tentando, sofrendo para agradar, para se encaixar, para sintonizar as frequências tão disconexas. E assim perdida, impedida de escapar e querendo ao mesmo tempo estar, eu me lembro claramente: entre nós não era preciso distorcer. Sua boca na minha, teu corpo no meu, nada alterado, nada fora do lugar. Uma música, um navegar, uma ausência do pensamento. Sussurro no momento certo, suspiro. Nessas horas, poderia-se fingir. Mas não dá. Eu e você não se espelha em mais ninguém.
aaamo sair pra balada.
ooodeio a ressaca psíquica do dia seguinte.
e amo o beijo que você tinha, sabia?