sábado, 30 de janeiro de 2010

Another night.

Tanta luz que ofusca a vista, tanta fumaça que arde os olhos, tanto som que explode os ouvidos. Num chacoalhar contínuo, na extensão infinita do tempo, no indefinido lugar do espaço, na vibração dos corpos. Eu existo. E tantos afetos principiantes, tanto atrevimento, tantas intimidades colocadas no vão espaço do divertimento. Eu presencio. É atração, é não resistir ao poder, ao querer, ao fazer. É um completo se afundar no preenchido vazio do agora.
No abraço quente do desconhecido, no seu beijo torto, desengonçado e cortante estou. Puxões, resmungos, malabares...Tudo se esforçando, tentando, sofrendo para agradar, para se encaixar, para sintonizar as frequências tão disconexas. E assim perdida, impedida de escapar e querendo ao mesmo tempo estar, eu me lembro claramente: entre nós não era preciso distorcer. Sua boca na minha, teu corpo no meu, nada alterado, nada fora do lugar. Uma música, um navegar, uma ausência do pensamento. Sussurro no momento certo, suspiro. Nessas horas, poderia-se fingir. Mas não dá. Eu e você não se espelha em mais ninguém.
aaamo sair pra balada.
ooodeio a ressaca psíquica do dia seguinte.
e amo o beijo que você tinha, sabia?

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