terça-feira, 26 de janeiro de 2010

"A brisa fresca do mar, os pés afundados na areia, os corpos imóveis num abraço. As ondas quebrando na orla, tão disformes, transpassavam a imaginação e carregavam para longe qualquer infelicidade. E o sol vinha nascendo aos poucos, surgindo da bruma gélida daquele céu cinzento. Trazia luz, trazia cor, trazia calor. Mas o aconchego daquelas almas nada dependia daquele sol. Era fruto do morno pulsar de cada um.
-O que é que vai ser da gente..daqui um tempo?
-Não sei, mas que diferença faz, agora?
-Tenho medo...que você se perca no ínfimo azul...no tempo...no espaço...
Ele apertou-a contra o corpo, beijou-lhe o rosto.
-Não importa o que aconteça, eu sempre estarei com você. Sempre...
E diante daquela imensidão, do exato local onde o céu fundia-se no mar num único suspiro de vida, dois seres insignificantes diante da grandeza, trocavam as mais sinceras palavras a petrificar-se para sempre na memória.
-Eu te amo."


as vezes eu vejo coisas bonitas, eu queria que elas acontecessem comigo...

Um comentário:

Anônimo disse...

Pois é,eu também:(