quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Retrospectiva 2009

Por definição: o ano da experiência única.
Vivi um bocado de sentimentos novos, sensações que nunca tinha experimentado. Este ano eu cresci, tanto quanto no anterior. Só que desta vez, eu literalmente deixei a vida me levar pra qualquer curso que ela quisesse tomar.

Sobre o colégio: Amizades.
comecei com medo de não ser mais bixete, de que ninguém fosse dar atenção pro segundo ano. Até que percebi que eu era quem saia ganhando. Conheci muita gente, me aproximei daqueles que já faziam parte de mim. O primeiro semestre foi para se acostumar com a rotina e com as responsabilidades do puxado segundoTA. E o segundo foi pra curtir todos aqueles amigos que quisera eu ter conhecido mais cedo. Foram incontáveis horas vagas rindo, cantando, dando abraços e mais abraços. E cada dia era um dia, completamente novo. Foi nesse ano que realmente descobri o meu curso, e descobri que infelizmente não é meu paraíso.

Sobre o amor: Suspiros.
os seis primeiros meses foram arrastados por uma paixão velha e que não merecia, claro. Mas eu jurei de pés juntos que ela era única, e até hoje me pego recitando essa mentira ensaiada. Depois veio aquela nausea insuportável e a vida fluiu para uma nova paixão (que foi bem interessante). Eu fracassei na promessa de que não iria mais parar na cidade universitária, talvez porque eu não quisesse mesmo. Só sei que no fim acabei tirando pessoas dos meus pedestais, em todos os sentidos. E sinto-me extremamente feliz em poder dizer que não sou mais monopólio de ninguém. A segunda paixão doeu, sim. E pra mim não acabou ainda. Mas no meio de tudo isso eu conheci um bocado de gente que me fez pensar, me fez curtir e me massageou o ego. É uma pena que sexta feira treze seja sinônimo de azar...

Sobre a religião: Descoberta.
não estava botando fé no grupo quando minha mãe me obrigou a ir. Mas depois de um certo tempo, fui perceber que não eramos só jovens escutando palestras chatas. Por trás daqueles rostos, haviam milhares de personalidades novas que dariam ótimos amigos. E assim fizemos gincanas, baladas, reuniões e quando nos demos conta, estávamos assumindo um compromisso uns com os outros. Formamos uma nova família, unida por princípios de fé.

Sobre todo o resto: Primeira vez.
meu primeiro show desacompanhada, meu primeiro forró, meu primeiro porre (que me levou pro hospital), minha primeira balada, meu primeiro pagode, minha primeira obra de caridade, meu primeiro loopping, meu primeiro campeonato brasileiro acompanhado, minha primeira partida ao vivo. Fora que eu malhei, e mudei horrores. E eu chorei, e achei que não ia dar conta de continuar. E eu respirei fundo e continuei. Chego a ficar surpresa comigo mesma.

E se quer saber, não realizei nada do que tinha previsto pra 2009. Então pra 2010, não vou fazer nenhum plano. Eu só vou pedir todas as noites pra que as pessoas que eu não posso cuidar, estejam bem acompanhadas. E é só.
Que 2010 seja assim, com muitas surpresas, mas de prefêrencia menos doído. :/

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Retrospectiva 2009

Por definição, 2009 foi o ano da experiência única. Eu vivi coisas

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

na praia

Ainda estávamos juntos quando soube que viria pasar o antal aqui. É um lugar maravilhoso, com todos os tipos de aconchego. E de vez em quando me vinha a cabeça a idéia estúpida de que talvez você pudesse passar estes dias comigo. Na realidade, nem cheguei a fazer o convite. E agora caminho por entre os chalés e sinto tua mão colada na minha. Sem perceber, me pego rindo sozinha como se você estivesse sorrindo no espaço vazio ao meu lado. Queria que estivesse aqui. As coisas são tão bonitas, as comidas tão gostosas, que sinto uma enorme vontade de dividi-las com você. Esse céu estrelado, essa noite litorânea e esse clima de bem estar, me faz querer te amar, com todas as cores, de todos os jeitos e com tudo aquilo que poderiamos dividir.
De verdade, queria saber o que fazer pra aceitar que você não vai voltar. (E não vai passar nenhum natal na beira da praia comigo) :/

domingo, 20 de dezembro de 2009

O natal, de quem é?

-o que ele tem?
-teve uma meningite ao nascer, e...ah, ele tem um mais um monte de coisas.
-vai sobreviver?
-sim...ah, na verdade, não sei, não enxerga, isso é certo. Mas os pais o amam muito, vem todos os dias.
Então eu senti meu coração apertado. Aquela criancinha cheia de tubos, usando todas as suas forças para respirar, talvez nunca vá tomar um sorvete, ou brincar com outras crianças. Talvez ela não possa fazer parte desse mundo. Me sinto ingrata. Toma meu amor, um tantinho da minha vida, da minha saúde, da minha ingratidão com as coisas. Segura, vem comigo. Mas tudo o que ela consegue é esboçar um sorriso tímido, naquela boca que talvez nunca vá nem ter dentes. As crianças sorriram, e riram e abriram os braços. E eu quis apertá-las com todas as minhas forças, quis gritar, gritar pro mundo inteiro que elas estavam sorrindo. Mas não pude nem sequer tocá-las. Guardei o sorriso no bolso. Vá meu amor, pra onde quer Deus que você vá. E eu me vou também, porque estou aqui e certamente não é à toa.

pediatria e UTI infantil do HC + levar crincinhas do s.bernardo ao parque, experiência única.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Sweet Santa Claus,

este ano eu fui uma boa garota. É sério. Fui bem mais boazinha que ano passado, porque não briguei com minhas amigas e também deixei o pega-pega de lado. Hum, na verdade brinquei um pouco de esconde-esconde, espero que não me castigue por isso. Tá bom, eu me machuquei brincando com os garotos, e eu sei que não se pode brincar com eles, mas que que eu posso fazer se são divertidos? Olha, pelo menos foi só um tá? Ou dois...Ah noel, não me venha com essa! Ano passado o senhor não trouxe o que eu pedi. *faz cara de emburrada* Não está lembrado? Tinha pedido o namorado da barbie e o senhor esqueceu *cruza os braços e chora*. Sabe, eu não queria sair da escola sem ter um namoradinho. Depois vem a faculdade, os empregos, acaba aquela coisa de passar o domingo jogando videogame e assistindo simpsons. Acaba aquela inocência boa, aquele namorico bobo. E eu queria mesmo alguém pra me dar um pouco de atenção, pra eu mimar um pouquinho, é importante pra mim, sabe Noel...
Além disso, fiz um montããão de amigos esse ano, enchi os antigos de beijos e abraços e se alguns foram embora foi porque tiveram que ir. Tá, eu exagerei as doses, confesso. Mas eu aprendi o que é certo. Eu parei de beber, fui pra balada, ri bastante, crismei...um tantããão de coisas boas. Acho que eu mereço aquele presente né?
Ah, eu queria também, se fosse possível, um coração de aço inox. Porque cansei de machucar o meu. Queria ter um que fosse resistente à ácidos e bases, impacto e corrosão, variações de temperatura, vírus, fungos e bactérias, e que eu pudesse colocar na autoclave quando quisesse uma limpeza geral. Boa idéia né? É...
Bom papai Noel, é isso. Eu quero mesmo o namorado da barbie. E se não der este ano também, me trás outro Mac Steell, só pra não perder o costume. (que não tenha defeitos de fabricação, e desta vez, em vez de - faça trilha, rapel, body board, sei lá...haha)
Beijos e Feliz Natal :D

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Recado:

imagine a coisa mais podre que você já viu. podre, podre de verdade. ele bêbado e fumando, falando nada com nada era exatamente isso. uma coisa podre. e eu senti tanto nojo, tanto nojo, tanto nojo; que fiquei com vergonha de um dia ter me sentido atraída por um cara podre como ele.
depois eu que tenho problema (Y)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Too late

Eu me lembro de olhar pras garotas bonitas e bem relacionadas e sentir que minha vida seria perfeita se fosse como a delas. Viver na balada, cheia de amigos homens, desejada por vários e sempre rindo, era pra mim sinônimo de felicidade. E eu almejava isso intensamente, como um sonho. Não sei ao certo o que aconteceu, se vomitei ivoluntariamente ou se fui levada pela correnteza, mas num passe de mágica eu me realizei. Conheci muita gente, fui à muitas festas, beijei muitos garotos. Não passei nenhum momento sozinha, sem que estivesse rodeada por colegas, rindo, brincando. Usei as roupas que sempre quis, não tive vergonha de chamar a atenção. E percebi muitas vezes, os olhares que diziam: 'ah, se eu fosse como ela'.
E eu certamente respondia com o meu: 'meu mundo é um barco sem saída, lustroso por fora e sangrando por dentro. Não caia nessa ilusão.'
Porque por trás de todo esse luxo, essa beleza e essa alegria, tem um buraco fundo impossível de preencher. São poucos aqueles pra chamar de amigos, e mesmo assim vulneráveis. Ninguém consegue te levar a sério e teu riso é como um grande passatempo pra eles. 'Ela é só mais uma', 'ela é uma qualquer', 'ela não tem nada de mais'. E por mais que se tente, é tarde. Quem é que será capaz de amar uma garota dessas? Aparentemente tão tola, tão fútil, tão dada? Ninguém.
E à partir do momento em que você começa a querer voltar no tempo, com a esperança de que um dos poucos que em todo esse tempo te desnorteou te queira, é que você percebe: não dá mais pra mudar. Nada. Você é essa, e colhe o que semeou.
O jeito é escorrer esse sangue e continuar andando. São poucos os que curam seus vícios, e o meu não tem cura.


é impressionante a intensidade do que você desperta em mim.
me faz tremer, me gela a alma, me tira do chão.
e eu faria qualquer coisa pra te ter aqui, pra te chamar de amor.
eu daria um jeito e voltaria atrás, se essa fosse a chave pra te conquistar...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Perdas.

Desde que nascemos, somos forçados a encarar as perdas sem poder desisitir de tudo. Começa lá, no hospital, quando te obrigam a abandonar o conforto da tua mãe pelo tão louvado oxigênio do lado de fora. Chorar não adianta, não. Depois vem a chupeta e a mamadeira, que segundo teus pais é levada por um urso para as crianças carentes. E as fraldas, a cadeirinha do carro, as histórias antes de dormir. Tudo vai ficando pra trás, sem que possamos ao menos dizer que não queriamos que assim fosse. Alguns tem a sorte de passar toda a escola no mesmo lugar, e só experimentam a separação dos primeiros amigos na oitava série. Mas inevitavelmente, ela acontece. E nessa hora a infância já disse adeus, o papai noel já bateu as botas e o coelinho da páscoa já não come mais as cenouras que você costumava deixar na sacada. É então que vai-se a inocência, e vem os desejos, sentimentos confusos e responsabilidades. Você perde seu primeiro beijo pra um cara qualquer, e perde assim aquela ilusão de que seria lindo. Depois perde sua paixão platônica, e perde assim a capacidade de acreditar no amor.
E por esses caminhos perde-se muito mais. Perde-se as tardes de domingo estudando, perde-se o fígado na bebida e o corpo pra muita gente. Alguns parentes vão embora, alguns colegas também. E quando você acha que vai passar, acaba se perdendo pro amor. É um beco, e você está perdido. Vão-se as lágrimas, o apetite, o ânimo e o fôlego. Vai-se a virgindade também, já que tudo se perde. E claro, em algum momento, aquela pessoa desaparece, te deixa à ver navios que não existem e ainda se faz de vítima. Você perdeu um amor.
Bem, se você pensa em se apoiar em teus amigos, saiba que não funciona. Parte deles está indo cuidar da sua vida em algum lugar que com certeza, não é a sala ao lado. Aproveita-se para perder pra uma puxa-saco, a chance de um bom emprego. Perde-se tempo arranjando o que falar pros pais pra ir pra balada, e na última hora, o pão cai com o lado da manteiga virado pra baixo.
Quantas perdas!
Sosseegue, você é terceiro ano e a vida acabou de começar.
Mas eu realmente não queria isso.
Acho que se pudesse, recomeçaria do zero, do zero mesmo.
Mas como não posso, eu choro um pouco antes de dormir.
Sinceramente, não é um bom momento pra dizer: força sempre. Porque tudo aquilo que eu sempre invejei nas pessoas, eu conquistei. Mas isso não me faz feliz...

domingo, 6 de dezembro de 2009

quando as amigas começam a namorar, elas param de ligar, não vão mais pra balada se não for acompanhada, não tem mais tempo pra vc, só falam no garoto e ainda ficam todas fofas e levemente bobas.
sinceramente, um saco. Deve ser inveja, porque alguma coisa deu certo pra elas, fato.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

/eu ia ser monitora, e IA mesmo.

Imagine uma coisa que você quer muito. Uma coisa que mais do que por ser um emprego, mais do que pelo dinheiro, pelo social, você quer porque é perdidamente apaixonada por aquilo. Algo que você sabe que iria fazer melhor que qualquer um, colocando todo teu coração, toda tua alma. Imagine... Agora imagine-se perdendo isso, perdendo pra alguém que não merece.
Minha vontade é de sumir. Tudo aquilo que eu me esforcei jogado fora. Vontade de não voltar naquela escola nunca mais, não quero aceitar que meus amigos conseguiram e eu não. Me sinto, além de idiota, incapaz. Achei que 2009 já tivesse me trazido lágrimas demais. Mas quando tudo está ruim, sempre pode piorar. Pois é, aquele buraco aqui dentro acabou de ficar maior ainda. E o pior é que, estou sozinha (pra variar). E se quer saber, não estou nem um pouco equilibrada.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

-Sinceramente, me desculpe por tudo que eu te fiz sofrer e pelo atraso que eu causei na tua vida. Acho que eu te manipulei, e não tem nada pior do que manipular as pessoas.

Sei que fui manipulada, mas fui eu quem deixou acontecer. Acho que é um pouco tarde pra qualquer ponto final. O que tinha que machucar já machucou, e isso não vai mudar. Eu odeio (e temo em qualquer circunstância) pontos finais. Eles me assustam...


e cada dia que passa, eu vou perdendo alguma coisa que parecia ser importante, à cabo de que me enxergo agora, totalmente sozinha. Não, isso não é bom.