sábado, 3 de julho de 2010

Workshop

A vista turvou, mal pude sentir meus pés. Corri, por pouco não tropecei. Entrei no banheiro, sentei em algum lugar e coloquei a cabeça para baixo. E fiquei assim, por um tempo adimensional, privada de qualquer movimento, qualquer reação. Só meus pensamentos fervilhavam. Estancavam o suor que queria escorrer pelas têmporas, desviavam a atenção do formigar dos membros. E corriam, de um lado para o outro, carregando nas costas todas as dúvidas que acabavam de nascer. Eu não vou conseguir assim. E se eu não conseguir, o que é que será de mim? E os pensamentos blefando, apontando seus dedos gordos e rindo. Você não vai conseguir. E se você não conseguir, será uma fracassada. Onde é que você vai se inserir se não for aqui? E zombavam, curtiam o ferimento que acabava de aparecer, espancavam a consciência. Foi aí que reuni todas as minhas forças, avancei e me joguei em cima dos pensamentos. Arranquei as dúvidas pelos cabelos. Estraçalhei-as. Agora, parem com isso. Existir, existam. Mas para o progresso e não para obstruir meus caminhos.
Levantei, arrumei o cabelo e voltei para o auditório. Que lapso fora aquele, eu não sei. Mas quase deixou-me abalar. Sintetizei meus anticorpos, ganhei a imunidade a esse medo idiota. E o dia foi maravilhoso. Enjoô passa. As minhas vontades não.
MEDICINA, UM SONHO. UMA BATALHA. UM DESAFIO.
QUE VENHA ENTÃO.

2 comentários:

Desirée disse...

isso ai garot!
vai atras do que quer!
bjo

Nando disse...

Linda determinação! além de fã (rs) torço por vc!
=**